A luz está apagada

Essa é mais uma inestimável colaboração de nossa tão amada Bruxa!

A Luz está apagada
A pequena névoa se dissipou
Pequenos pontos de razão reaparecem casualmente
Pequenas razões de loucuras...
Meus olhos, aranhados pela insônia
Projetam imagens loucas
Um chão firme para caminhar
Num caminho tão incerto quanto infinito
Tentei gritar
Mas meus argumentos eram roucos
Uma linha desconexa, num universo que existe só na pretensão de poucos
Raven!!, Raven!!!
Bocas crocitam o amargo de vozes sorridentes
Sorrisos de escárnio...
Almas sedutoras
Línguas que destilam o veneno da futilidade
Olhos, que atentos, desalentos, vampirescos
Sugam o brilho, no brilhar do outro...
Vidas ocas, preenchidas por desejo vil
Vilões travestidos de redentores
Dispostos a soltar sua mão no abismo
Somente porque o viço da alegria é o laço precioso que te faz seduzir
Pessoas que desfilam inteligência ardilosa
Não suportam a sutileza da luz do próximo
Não suportam sorrisos compartilhados
Abraços de verdade
Almas companheiras...
Negam seu Deus, seus deuses, suas razões
Para permanecerem supostamente superiores
Nada além do que os cercam
Nada além do que se pode controlar
Pessoas e maldades caminham lado a lado
Numa tênue linha
Que se desfaz, no fundo do que se pode ver
E que se perde, na incapacidade de poder enxergar

Autora: Claúdia Bruxa Aquino